A regulamentação e legalização da cannabis no mundo se tornou uma realidade no início dos anos 2000, com o pioneirismo do Canadá, que legalizou o uso medicinal da maconha. No entanto, o mercado industrial e do agronegócio são aqueles que possibilitam maior número na diversidade de aplicações das subespécies da planta.
O cânhamo é uma dessas subespécies da cannabis, possuindo concentração mínima de THC (tetra-hidrocanabidiol), ou seja, sem efeitos psicoativos. Isso faz do cânhamo um elemento especialmente direcionado ao mercado industrial.
Na realidade, todo país que entra para a lista daqueles que usam a cannabis de forma industrial ou medicinal, se torna alvo de grandes investidores. Com o Brasil não será diferente, ainda mais possuindo fatores positivos para o cultivo do cânhamo como, por exemplo, clima, solo e vocação para o agronegócio.
O país aguarda a mudança da regulamentação por meio do Projeto de Lei nº 399/2015, que tramita na Câmara dos Deputados, e caso aprovado dará início a uma série de acontecimentos, começando no âmbito medicinal e futuramente ampliando para o mercado industrial.
A Associação Nacional do Cânhamo Industrial (ANC) vem fomentando o debate sobre o assunto, e realizou em 2022 o 1º Seminário Brasileiro de Direito do Cânhamo. Esse tipo de evento, juntamente com outros que acontecem no setor, contribuem diretamente para o avanço da regulamentação e o estímulo dos investidores nacionais e estrangeiros.
As vantagens do cultivo de cânhamo ultrapassam a visão comercial, gerando alto impacto nos âmbitos ambiental, econômico e social de um país. Atualmente, pelo menos 50 países já se aproveitam das vantagens desse cultivo. O Brasil pode ser o protagonista deste mercado na América do Sul, ao lado de Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Uruguai que já passaram pelo processo de regulamentação da produção do cânhamo industrial.
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